Cap.7 Adeus, sanidade!
N/A: Oi meu povinho lindo :D Olha, antes que vocês joguem tomates em mim eu vou explicar oprque não postei esse capítulo antes...
Minha irmã veio passar as férias com a gente, e ela não mora no mesmo país que eu, dai sempre que eu tava escrevendo ela me chamava pra ir fazer alguma coisa com ela, e poxa gente, ela é minha irmã, tenho que aproveitar *sorrisinho amarelo*, e acaba que eu nunca tenho tempo pra escrever, mas ela foi da uma viajadinha pro Rio, dai eu pensei "LIBERDADE!" daí eu consegui escrever, mas só acabei o capítulo hoje.
Mas eu nem passei tanto do prazo... Na verdade, se vocês forem contar apenas com esse ano, eu estou totalmente dentro do prazo :D :D :D E, cá entre nós, valeu esperar porque o capítulo está ENORME e, na minah opinião, cheio de surpresas, meus caros amigos kk ok, parei. Mas sério, o capítulo ta enorme mesmo, no word ele deu 25 páginas :O geralmente ele tem de 15 a 20... Pois é, me superei agora kk mentira.
Ah, e mais um motivo por ter demorado um poquinho, é porque eu conheci uma menina super simpática, a AnaBeatrizSousa , e a gente começou a escrever uma fic juntas, mas daí depois do primeiro capítulo (que na verdade era o prólogo) ela deixou a fic em minhas mãos porque ela tinha muitas fics pra escrever, então eu estou com duas fics agora, e pra quem quiser conferir a fic, ta aqui o link (https://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42320) haha, a fic é perva, viu suas mentes safadinhas kk Mas entrem na página dela no nyah!fanfiction porque, na verdade, a ideia base da fic foi dela, e ela tem fics bem legais, então aqui a página dela:https://www.fanfiction.com.br/u/96009/ Leiam a fic, ok?? Por mim *-* A idéia da fic é legal e... NÃO kk não é Dramione, mas o shipper é Lily Luna Potter e Hugo Weasley :)
E, além dessa, eu ainda estou com planos para mais (sem contar as continuações de ACO) nove, sim meus leitores NOVE fics :D Sendo que são: 2 songfics R/Hr, uma trilogia D/Hr, 1 longfic T/L, 1 longfic D/Hr, uma longfic H/D/Hr e 1 que eu ainda decidi ainda se vai ser short ou long "Os contos de Cribble, o fardo" ... É meu povo... 2012 PROMETE :D
Mas enfim, qual o sentido dessa N/A enorme, mesmo? Não sei, é que eu já peguei a mania de escrever N/A's gigantes (: Mas ENFIM (ó lá o 'enfim' de novo) espero que gostem do capítulo, nenéns (:
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Eu odiava aquela sensação de não saber de nada.
Porque naquele momento eu não sabia de nada mesmo. Ou não sabia quase nada. É, bem, eu sabia de algumas coisinhas, sim, pra falar a verdade.
Eu estava na ala-hospitalar...
E é isso. Meu relatório de informações sobre a minha pessoa está completo agora.
Como eu era incompetente! Eu só sabia onde eu estava. Eu nem lembrava mais o que tinha acontecido, por que eu estava lá, quem mais estava lá, há quanto tempo estava lá. É... Só isso que eu tenho que saber, não?
Ah, e claro que o meu corpo tinha que me passar a informação de que ele estava doendo. Sim, doendo como se um hilhão (um número grande demais para meros mortais) de basiliscos saltitantes e sapateadores tivessem feito um grande espetáculo de sapateado irlandês com direito a três atos e me dando a honra de ser o palco. Se bem que basiliscos não tinham pés.
Ah, fod*-se. Eu estava machucada e pronto. Eu não podia me preocupar com basiliscos peritos em sapateado agora. Eu tinha que identificar aquelas duas silhuetas na minha frente. Silhuetas que falavam, e eu, como uma boa ouvinte, devia reconhecer a voz, mas não dava. Meus ouvidos doíam como se tivessem enfiado bosta de trasgo a força dentro deles. Minha cabeça dava leves sinais que estavam sendo entendidos assim para mim: “eu vou rachar agora mesmo. Adeus cabeça impregnada de cocô de trasgo”. O meu cérebro, pela primeira vez, tinha uma desculpa para não funcionar direito: o meu ouvido havia sido estuprado com hilhões de quilos de bosta de trasgo. Mas por que o meu corpo inteiro doía se só meu ouvido havia sido estuprado?
É, são conspirações grandes demais para minha cabeça estuprada pensar. Muita bosta de trasgo na cabeça. Pane! Pane! Eu vou virar cocô de xixi. Ei! Será que eles existem? Haha, seria muito engraçada a cena de um xixi cagando.
Enfim, porque eu cheguei nesse assunto extremamente ridículo comigo mesma, mesmo? Nossa, pensar estava sendo uma tarefa muito pesada para mim.
Ah, é. Pessoas. Pessoas com ouvidos virgens de bosta de trasgo. Que pessoas seriam? Talvez pessoas que não achavam que seus ouvidos haviam sido estuprados por fezes de trasgo. Pessoas normais. Bem, já posso riscar alguns nomes da minha lista agora.
Nota mental: riscar pessoas com ouvidos virgens.
Apertei mais os olhos, que já estavam praticamente fechados, para tentar enxergar melhor. Claro que não deu certo. Porque meu cérebro estava descontrolado. Ele só pensava merda, e uma delas foi achar que se eu fechasse mais o olho eu enxergaria algo mais que meus cílios. Dei um gemido fraco de dor por conta do esforço. Sim, fechar os olhos podia se transformar numa tarefa totalmente dolorosa depois que seu ouvido não é mais virgem.
-Professora... – eu ouvi uma voz (masculina ou feminina) perguntando receosa – A Mione vai ficar bem?
Tudo bem. Minha lista de suspeitos havia diminuído significativamente depois dessa frase. Apenas três pessoas me chamavam assim: Rony, Harry e Gina.
-Senhor Potter, eu garanto que ela ficará bem... A própria madame Pomfrey já me disse isso.
Agora minha lista havia diminuído mais ainda. ‘Potter’... Só podia ser o Harry Potter ou o... Ah, poxa, o Harry Potter!
-Ela não devia ter se machucado...
OH MEU MERLIN! QUE VERGONHA! TODOS SABEM AGORA QUE A MINHA ORELHA FOI ESTUPRADA POR COCÔ DE TRASGO! COMO ASSIM?! COMO ELA VAI SAIR NA RUA AGORA?!
-Pois não devia mesmo! – agora o tom da segunda pessoa era mais severo – E você ainda não me explicou o que vocês faziam lá! – Então Harry estava lá também? Presenciando a cena? COMO ASSIM?! Quer dizer... Lá aonde?
-Ela pode estar morta e você aí se preocupando com o motivo de nós estarmos lá?! E se nós tivéssemos sido atacados por Comensais? - Comensais? Comensais? O que comensais tinham a ver com trasgos? Quer dizer, tirando o fato que eles são burros igual.
-Senhor Potter, primeiro: pela milésima vez... Ela não está morta! Segundo: a escola está protegida. Nenhum comensal entrará aqui e muito menos vai atacar a escola. E terceiro: você gostaria de abaixar o seu tom? – quem é a louca e grossa que ta falando assim?
-Desculpe, professora Mcgonagall. – Ah, ok, tá explicado – É só que... Eu estou preocupado com ela.
Agora... O que eu farei agora? Será que eu abro os olhos definitivamente e grito “OI POVÃO! NÃO OLHEM PRA MINHA ORELHA AGORA QUE ELA TA COM PROBLEMAS DE AUTO ESTIMA, MAS EU ACORDEI! FIQUEM FELIZES!”. Não, cansativo demais. E o que mais eu poderia fazer? Bem, meu cérebro não parecia disposto a me ajudar. Minha cabeça doía só por eu tentar pensar. Tombei minha cabeça para o lado devido à dor. Meus olhos se encontraram com o que devia ser a porta da ala-hospitalar. Havia alguém lá. Alguém escondido que se escondeu ainda mais um pouco depois que eu me mexi. Eu queria poder ter identificado o penetra. Ei, será que algum dia alguém já tentou entrar de penetra na ala-hospitalar? Por que alguém penetraria (verbo também usado para ‘iria de penetra’, se bem que, pra não confundir, eu acho que vou usar o verbo ‘pernetaria’) a ala-hospitalar, afinal? O que é que tem de legal aqui dentro além de pessoas leprosas e machucadas? Quer dizer, leprosas não, mas pessoas machucadas e adormecidas. Não deve ser tão legal falar com alguém que está dormindo.
Com esforço eu virei minha cabeça para a posição de antes. A pessoa não voltaria, não tinha sentido eu ficar tentando identificar o vento. Eu pude que era um menino. Ou era uma menina de cabelo bem curto. Mas enfim, isso não era o suficiente, e pra mim não importava tanto. A pessoa não tinha coragem de entrar lá e de me observar fazendo nada de perto.
Aliás, fazer nada cansa. Sim, cansa demais. É muita energia que você tem que gastar pra ficar parada, num estado sereno e no meu caso, deitada, sem praticar nenhuma ação. Ta bom, eu sei que fazer isso é parecido com dormir, então fazer ‘nada’ é dormir acordada, mas é divertido dormir pensando. Sim, e é divertido também você ficar acordada, deitada, apenas pensando na vida. Mas acho que ninguém entendeu ainda que o simples ato de pensar podia me causar enxaquecas fortes. Minha cabeça latejava ainda. Tudo doía. E eu sei que a melhor opção seria voltar a dormir, mas poxa! Eu não estava pensando direito, eu podia muito bem fazer a merda que eu quisesse agora. Yeah, baby, agora eu tava no poder.
Nota mental: quando chegar em Londres fazer alguns exames no meu cérebro, porque já deu pra ver que ele não funciona direito.
Comecei meu despertar com um gemido de dor um tanto quanto forçado. Qual é, eu tinha que ter um despertar estiloso.
-Hermione! – Harry gritou um tanto quando animado demais, e isso fez meu pobre ouvidinho não-vírgem doer muito – Você... Você ta acordada?! Por favor, Hermione, por favor... – Então ele segurou minha mão e o meu cérebro teve a brilhante idéia de me fazer lembrar aos poucos, o que foi duplamente doloroso.
Merda! Nem uma sonequinha dolorosa pra me fazer esquecer isso. O que eu preciso fazer? Disverginizar o meu outro ouvido? O que eu precisava fazer pra esquecer aquelas malditas sensações que eu senti do segundo ao quarto ano? O que precisava fazer pra esquecer tudo isso? Por tanto tempo eu tentei não pensar nisso, tentava esquecer de tudo o que eu tinha pensado e vivido nesses três anos. Eu tentei fazer como no filmes Os Esquecidos. Tentei fazer como se nada tivesse acontecido. Na minha cabeça eu tinha criado três novos anos. Uma realidade diferente. Uma realidade em que eu não gostasse dele. É, eu consegui criar isso. Consegui inventar tudo novo. Foi trabalhoso, foi doloroso, mas eu consegui obrigar a minha mente a esquecer de algo marcante na minha vida. Eu consegui ignorar todas as vezes em que minha mente gritava “você gostava dele!”. Tentei ignorar tudo. Foi como nascer de novo.
Foi idêntico ao filme. Pelo menos na parte sobre esquecer. Na verdade, eu devia ter criado um plágio desse filme, chamado “O Esquecido pela Hermione Granger”. Eu consegui esquecer tudo, e ele fez o desprazeroso trabalho de me fazer lembrar.
E o que eu podia fazer agora? Lançava um avada nele e terminava o que Voldemort tinha começado? Começaria a comer portas? Engordo setenta quilos e queimo meu cabelo para ver se ele pára de me olhar daquele jeito engraçado que ele sempre me olha? Ou melhor, pra ver se ele pára de andar comigo? Infelizmente, o Harry era uma pessoa boa demais, e ele não ligava só pra beleza exterior.
Maldita seja essa sociedade boa.
Eu tinha que acabar com isso. Eu tinha que transformá-lo numa pessoa ruim. Tinha que fazer como um dementador e sugar tudo o que ele tinha de bom.
Rá, como se eu quisesse e pudesse fazer isso. Acontece que nem desnorteada eu conseguia ser tão egoísta.
Meus pensamentos foram interrompidos pela voz rouca dele.
-Hermione, por favor, acorda! Fala comigo! Fala que você ta viva!
Eu encarei isso como um pleonasmo. Ta, eu sei o significado de pleonasmo e parecia não ter nada a ver. E realmente não tinha nada a ver. Mas eu não sei, parecia ser a mesma coisa que você pedir pra alguém “fala que você é muda”. Porque mudos não falam. E tecnicamente, mortos não deviam falar também, então foi um pedido meio idiota. “Oi, Harry, bom dia, eu estou morta”. Ta, isso definitivamente foi um pedido idiota, e não um pleonasmo. Burra! Eu esperava mais de uma pessoa com bosta de trasgo na cabeça.
-To b-bem, Harry... – consegui falar com a voz rouca. Eu sei, foi uma frase idiota, mas parecia bem melhor do que falar ‘estou viva, Harry!’, e parece que ele ficou muito animado com essa simples frase, porque eu pude sentir, sim, sentir, para você ver a intensidade da coisa, ele sorrir. Abri um pouco os olhos. Lutei contra a claridade para abri-los mais. Harry sorriu mais ainda – Er... – murmurei constrangida tampando meus ouvidos. Eles não podiam ser vistos numa situação dessas – Onde está... Todo mundo? – olhei ao redor. Mcgonagall tinha ido embora. Apenas Harry e eu na ala-hospitalar. Harry e eu...
-Bem... – ele despenteou os cabelos daquele jeito fofo que eu sempre prestava atenção no quarto ano. O mesmo jeito que ele despenteava quando estava nervoso sobre alguma prova do Torneio Tribruxo, ou quando a Vaca Chang se aproximava – Todo mundo está dormindo.
-E o que você faz acordado? – perguntei num tom de estranhamento que Malfoy costumava usar. Na verdade, eu franzi o cenho do mesmo jeito que ele fazia.
Alguém, por favor, me diga que a minha alma ta passeando por aí pra acertar as contas com Merlin e que esse trasgo escroto desalmado e inútil que perguntou isso pro Harry é só alguém que colocaram no meu lugar pra responder as perguntas de meros mortais. ME DIGAM QUE ESSE TRASGO DESALMADO NÃO SOU EU!
O coitado parece ser a única pessoa que realmente está preocupada comigo a ponto de ficar sozinho naquela merda que chamam de ‘ala-hospitalar’ e eu falo com esse tom desalmado, escroto e inútil usado por pessoas... Desalmadas, escrotas e inúteis.
Talvez eu fosse uma desalmada, escrota e inútil.
-Quer dizer... Ahn, de-desculpa. – murmurei ainda fraca e com toda a culpa do mundo na voz.
-Tudo bem. Eu sou o único aqui porque eu acordei antes de todo mundo pra poder te ver... Mas Rony e Gina vieram te visitar – Ele fechou a cara antes de continuar com um humor alterado – Até mesmo o Malfoy.
Malfoy? Malfoy?! MALFOY?!
Será que ele tinha encontrado um cocô de trasgo no caminho e o mandou estuprar minha orelha e só veio ver o resultado?
Céus, eu tenho que tirar essa idéia da cabeça.
-M-Malfoy? – agora eu tinha acordado de vez. Como assim, Malfoy vem me visitar e eu ainda estou VIVA?
-É, ele ficou sabendo que a “duplinha dele” tava machucada e ele veio pra cá pra te ver... Ugh, puro teatro – Ele falou num tom de nojo, mas ele logo abriu um sorriso divertido e comentou – Mas saindo desse assunto... Nojento sobre o Malfoy... Você teve sorte de sobreviver àquela aranha.
Aranha?
Aranha?!
ARANHA?!!!
ARANHA?!!!!!!!!!!!!!
MAS QUE MERDA DE ARANHA É ESSA QUE ELE TÁ FALANDO?!
Não foi meu ouvido que tinha sido estuprado pela bosta de trasgo?!
Céus! Aranha... ?
-Aranha?! – perguntei incrédula descobrindo meu ouvido – Mas meu ouvido não tinha sido estuprado por... Por merda de trasgo?
Eu me arrependi depois de falar aquilo. Realmente aquilo soou muito ridículo, porque era muito ridículo. Minha cabeça doeu só de pensar nessa ridicularidade que eu tinha acabado de falar.
‘Ridicularidade’. Essa palavra existe? Pensar nisso me custou outra pontada de dor.
Nota mental: verificar no dicionário se essa palavra existe.
Nota mental: se tal palavra não existir no dicionário, patenteá-la imediatamente. Essa palavra é demais.
-Estu... Seu ouvi... Merda de tras... – Harry não conseguiu segurar a risada – Mione, você ta louca?
-Ei, pare de rir da desgraça alheia! – briguei chateada – Se meu ouvido não foi estuprado por bosta de trasgo, então porque eu estou aqui?
-Claro, Mione, porque as pessoas só podem entrar na ala-hospitalar se o ouvido delas tiver sido estuprado por bosta de trasgo. – ele respondeu ainda rindo – Mione, você foi atacada por uma acromântula.
Ahn?
Acromântula?
Mas acromântula não era tipo... Aragogue? O... Bichinho de estimação de Hagrid? Aliás, eu sempre duvidei do gosto do Hagrid pra bichos de estimação, e ainda me pergunto por que ele ainda não pegou o Malfoy pra ser bicho de estimação dele. Daí eu lembro que o Malfoy é o Malfoy, e que Malfoy’s não são próprios para serem domesticados.
Hahahaha, nossa, como eu tenho um senso de humor apurado e...
NÃO!
Será que eu ficava mais retardada em momentos assim? Será que é assim que eu vou ficar quando eu ficar bêbada? ... MAAAANO, QUE DOIDERA!
Mas enfim, acromântula... Acromântula, acromântula, acromântula... Apesar do meu esforço pessoal pra me lembrar de um encontro com uma acromântula, eu não consigo me lembrar de nada. Na verdade, eu não me lembro de algum dia ter visto uma acromântula ao vivo a não ser...
Ah, claro. O dia em que eu fui atacada por uma.
Então é agora que eu penso (ação que anda sendo muito dolorosa): uma pessoa em sua sã consciência nunca se esqueceria de um ataque. Não importa se foi uma acromântula que te atacou, ou uma tigela de um peito só, mas ninguém nuncadevia se esquecer de um ataque. E isso só comprova que a minha consciência não é nada sã, o que me leva a mais uma nota mental: avisar pra minha mãe que, infelizmente, a única filha dela deu pane. Tilte! Adeus consciência.
E isso me leva a outra nota mental: pegar um calendário pra conferir qual foi o dia em que eu virei totalmente assim, sabe. Assim tão eu. Será que fizeram uma cerimônia pra isso e eu não me lembro mais? Às vezes eu nem fui chamada. E não era pra eu estar evoluindo? Por que eu sinto que eu só sou puxada pra trás no que se diz sobre maturidade? Bem, pelo menos pela parte de sentimentos eu só... Tá, eu acho que não evolui tanto assim também.
Mas eu tenho que parar com essa mania de me estender demais nos assuntos. E com aquela mania de fazer notas mentais, porque elas tão me fazendo pensar demais, e sabe, pensar não está sendo o meu plano de relaxamento agora.
Nota mental: parar de criar notas mentais. Pelo menos por ora. Elas andam fazendo a minha cabeça doer demais.
E notas mentais me lembram de dor, dor me lembra do motivo de eu estar aqui, o motivo de eu estar aqui me lembra do real motivo para eu estar aqui: acromântula.
Acho que vou parar de zoar o Rony por causa do seu medo por aracnídeos... Eles podem ser bem letais. Bem letais mesmo.
“VOLTE PRO ASSUNTO INICIAL AGORA, HERMIONE!”
Tudo bem. Já voltei pro assunto inicial e já me lembrei de tudo.
Aliás, pior erro da minha vida. Pior erro foi lembrar. Porque parecia que as dores ficavam mais intensas depois que você lembrava.
E não era aquela dorzinha gostosa, sabe?
Era aquela dor de novo. Aquela dor de hilhões de basilíscos sapateando em cima de mim. Aquela dor de bosta de trasgo sendo enfiada no ouvido. Aquela dor de uma pata de acromântula caindo em cima desse meu corpo frágil. Aquela dor que supera todas as dores. A dor das dores.
Mesmo com dor eu continuei a lembrar de tudo. O que me lembra que eu estava toda cheia de lama e isso me faz pensar: será que alguém teve o carinho de me limpar? Se sim, espero que tenha sido Gina, que é menina.
Enfim (eu acho que vou adotar a palavra ‘enfim’. É a palavra que eu mais ando usando já que eu sempre saio do assunto inicial e essa palavrinha especial me traz dentro do assunto de novo) como alguém consegue ser atacada por uma acromântula do jeito que eu fui? Azar, seu nome é Hermione Granger.
De novo, meus pensamentos foram interrompidos pelo Harry.
E, diga-se de passagem, que pensamentos estranhos. Por que diabos que achava que meu ouvido tinha sido estuprado por bosta de trasgo? E bosta de trasgo pode lá estuprar qualquer coisa?
-Você não... – ele ficou sério agora – Se lembra de nada?
CLARO QUE ME LEMBRO! EU LEMBRO QUE VOCÊ PEDIU PRA EU IR AO BAILE DE INVERNO COM VOCÊ E QUE DEPOIS EU DESMAIEI!!!!!
-Não, não... – cocei a cabeça um pouco confusa. Péssima idéia. Encontrei um machucado, certamente causado pela acromântula fdp – Eu... Me lembro.
-Então... O que você diz?
Agora eu tenho uma perguntinha pra você, Harry. Você, pro algum acaso engraçado desse confuso destino, fez mestrado pra inconveniência? Você tem diplomas espalhados pelo seu quarto de PhD no curso de INCONVENIÊNCIA?! HEIN? HEIN, HARRY?! EU NÃO SEI SE OS SEUS OLHOS ESTÃO COBERTOS COM ALGUM TIPO DE SUBSTÂNCIA MISTERIOSA QUE CAUSA EFEITOS COLATERAIS DESCONHECIDOS, OU SE MEXERAM NA SUA CABEÇA, MAS EU, EUZINHA AQUI, ESTOU NUMA MACA NA ALA-HOSPITALAR E ACABEI DE ACORDAR! EU NÃO SEI QUE DIA É HOJE, EU NÃO SEI QUANTO TEMPO EU FIQUEI DORMINDO, EU NEM SABIA QUE TINHA SIDO ATACADA POR UMA ACROMÂNTULA PSICOPATA, E VOCÊ AINDA ACHA QUE É HORA DE ME CHAMAR PARA IR AO BAILE?! E EU AINDA ESTOU AQUI, TENTANDO ESQUECER O QUE EU NUNCA DEVIA TER LEMBRADO! NUNCA DEVIA TER ME LEMBRADO DESSE ESTÚPIDO SENTIMENTO, E VOCÊ AINDA ACHA QUE ESTÁ CERTO ME CONVIDAR PRA UM BAILE COMO ESSES? HEIN, HARRY?! ANDA, ME RESPONDE!
Pensar nessa resposta me causou mais uma dor de cabeça. Apenas me limitei em dizer.
-O que eu digo em relação à que? – ergui uma sobrancelha – Eu digo que essa maca não é nada confortável e que essa minha dor de cabeça está me matando. Eu preciso dizer algo mais?
-Er, você disse que se lembrava de tudo... – ele parecia confuso – Mas parece que não.
-Óbvio que me lembro, Harry! – até quanto tempo eu poderia me fazer de boba?
-Então me diz se você aceita ou não, Hermione, por favor! – Ele se ajoelhou ao lado da minha maca e segurou minha outra mão – Você quer ir ao baile comigo?
Eu olhei para ele e fiz a coisa mais idiota e insensível que alguém podia fazer. Comecei a rir.
-Que romântico! – comentei entre os risos.
-Ah, Hermione! – protestou ele emburrado – Eu to falando sério.
É, ele estava falando sério mesmo.
E agora? O que é que eu faço? Falo que eu queria isso no quarto ano e que ele se ferrou por não ter me convidado? Falo que eu não posso ir porque eu preciso me esquecer daqueles sentimentos de novo? Será que nós daríamos certo algum dia? Será que é certo dar uma segunda chance, mesmo ele achando que é a primeira, pra ele? Será que eu falava que...
-Sim – mordi o lábio e desviei o olhar. Provavelmente eu tinha feito a maior burrada da minha vida. Eu podia estar machucando o meu melhor amigo, do mesmo jeito que ele me machucou sem nem saber. Eu estava apenas testando algo. Vendo se eu realmente gostava dele? O usando dessa forma? Sim, eu era idiota e isso já tinha ficado mais do que claro ultimamente. Mas eu, cumprindo o meu ilustre papel de ser idiota, insisti no erro – Eu aceito ir ao baile com você. – logo depois que eu falei isso, nós ouvimos um barulho vindo da porta. Nós olhamos ao mesmo tempo, mas, ao vermos que não era nada, nós voltamos o nosso olhar um para o outro.
-Você tem certeza disso? – Harry perguntou receoso. Eu ri.
-Harry, você está me chamando para ir ao baile... E não pedindo para eu me casar com você. Não é como se eu estivesse tomando a decisão mais importante da minha vida. – ele deu um suspiro aliviado seguido de uma breve risada.
Mas na verdade, era sim. Talvez não fosse a decisão mais importante da minhavida, mas era muito importante. Eu estava fazendo aquilo de novo. Eu estava me entregando, me permitindo lembrar tudo aquilo. Eu estava comprando um despertador para o meu coração.
-Então... – comecei tentando mudar de assunto. Aquele silêncio estava meio constrangedor – Por quanto tempo a Bela Adormecida aqui ficou dormindo? – perguntei erguendo uma sobrancelha de forma divertida.
-Dois dias... Nós estávamos realmente muito preocupados com você. Quer dizer, não era para você ficar naquele estado por tanto tempo. – Naquele estado. Imagino que seja o estado Alfa – Era para você dormir por no máximo 20 horas... – Ergui as sobrancelhas de novo. Não é que o Harry estava sabendo das coisas?! – Não era para se estender tanto... – Tanto, tipo, quarta feira.
-É, os machucados eram bem sérios, senhor Potter. Seja arrastado por uma aranha, atacada pelo seu melhor amigo sem querer, balançada por uma aranha até sua cabeça querer quebrar o contrato de ‘siamêsisse’ com o seu pescoço, e ter uma ‘quedinha’ com direito à pata, ou seja lá o que era aquilo, de aranha em cima de você... E depois nós discutimos. – terminei rindo.
-O Rony ficou apavorado e fez um discurso mostrando o porquê dele ter medo de aranhas e esfregar na cara de todo mundo que ele estava certo. – Harry revirou os olhos de um jeito engraçado, o que me fez rir suavemente.
-Mas, me diga... Que horas são? – Mais trinta pontos para Grifinória graças à coerência entre um assunto e outro!
-Agora devem ser 6h30 da manhã... Todos estão dormindo ainda, não precisa se preocupar.
-Por Merlin! Eu preciso me arrumar! – comecei a me desesperar – Eu não posso faltar de novo!
-Hermione, calma... – Harry olhou bem nos meus olhos e foi só nesse momento que eu percebi que nossas mãos ainda estavam unidas, mas eu não fiz nada em relação a isso – Você está liberada das aulas até a Pomfrey te dar alta... Como foi que ela disse mesmo... ? – Harry olhou para um canto qualquer da sala e pensou por um tempo – Ah, sim! “A senhorita Granger não vai tirar nenhum fiozinho de cabelo dela dessa sala até ela se recuperar.” – ele me encarou de novo, fingindo estar apreensivo – Ouviu? Eu se fosse você teria cuidado com os seus fiozinhos de cabelo... Eles estão ameaçados. – Eu ri da bobeira dele e ele continuou – Pomfrey acha que você está... – Ele crispou os lábios procurando uma palavra – Hm,indisposta demais para sair, e quer saber? Eu concordo com ela.
-Ah, é? – ergui as sobrancelhas... De novo. Eu tinha que parar com essa mania. Eu faria uma nota mental para me lembrar disso... Se eu já não tivesse feito uma nota mental me proibindo de fazer notas mentais por enquanto – Será que entendi certo? O senhor Potter aqui está me chamando de fraca? – perguntei num tom demasiado formal. Nós dois rimos enquanto Harry tentava se desculpar.
E foi assim que passamos a manhã. Rindo, conversando, com Harry sentado na minha maca, como nos velhos tempos. Bem, tirando o fato de nós estarmos numa enfermaria, e isso não costumava acontecer nos velhos tempos. Harry teve que ir embora antes das aulas começarem, mas... Até lá, ele não tentou nada.
Fui liberada da enfermaria dois dias depois, porque, segundo madame Pomfrey, eu era fraca. Mas ela não admitiu isso em voz alta.
Ah! Claro que eu era fraca! Porque, o que se espera de alguém normal, é que ela seja atacada brutalmente por uma acromântula psicopata e, logo depois, saia andando para comprar um sorvetinho de gosma de basilísco. Sim, porque pessoas normais tomam sorvete de gosma de basilísco e saem intactas de um ataque, seja de um ataque de uma acromântula assassina, ou de uma tigela de um peito só, que são altamente fatais. Não acredita em mim? Vá ler ‘Os contos de Cribble, o fardo’ então, seu sem cultura! (N/A: será uma futura fic? SIM =D)
Ew, eu não gostava de admitir isso em voz alta, mas eu tinha sonhado com Malfoy nesses dias que eu tinha ficado na enfermaria. Humilhante, eu sei. Não é nada que eu tenho orgulho, sabe.
Falando no diabo, durante a minha estadia naquela enfermaria cinco estrelas, Malfoy veio me visitar. É, parece que ele não era de todo uma pessoa má. Bem, mas, como eu disse antes, eu era ingênua. É claro que ele só tinha ido lá para me tripudiar.
-Lendo, Granger? – perguntou ele na visita noturna que ele fez.
-É o que parece, não? E, de qualquer jeito, não tem mais nada que eu possa fazer. – suspirei cansada fechando livro e colocando-o no meu colo - Eu me sinto limitada tendo madame Pomfrey como enfermeira... Eu não posso fazer nada! – desabafei, esquecendo totalmente que estava brava com ele.
Ele me mandou um olhar de compreensão e se sentou na minha maca.
-E o que o senhor faz aqui? – perguntei sendo vencida pela curiosidade.
-Vim aqui apreciar a vista das macas. Essa cor branca em excesso me encanta. – Ele respondeu sarcástico, no que eu apenas lhe mandei um olhar censurado. Ele suspirou – Fiquei sabendo que você foi atacada por uma aranha. Isso é tão sua cara, Granger. Será que seu cabelo é tão volumoso que você tropeça até em aranhinhas?
-Aranhinha?! – perguntei incrédula, mas depois mudei para um tom assassino – Acho que ela errou o caminho até você.
-Está insinuando que eu devia ser atacado por uma acromântula como castigo, Granger? –ele perguntou se aproximando.
-Ah, eu não seria tão boazinha! – comentei sarcástica enquanto o encarava assassinamente e ele me encarava do mesmo jeito.
E nós ficamos assim. Com aquela merda de mania de nos encararmos. Quebrei o contato visual e o silêncio.
-Com quem você vai passar o Natal? – perguntei. O natal ia cair sábado que vem e nós poderíamos ir para casa sexta e ficar até domingo... Depois o Baile de Inverno, ou Baile de Natal, e depois umas férias de poucos dias.
-Com o povo que sobrar aqui em Hogwarts. Não tem como eu voltar para casa agora. E você?
-Aqui também. Não estou com muito saco para voltar para casa por... Hm, problemas pessoais. – acho que ele entendeu que o meu tom encerrava o assunto porque ele apenas me olhou curioso, mas não perguntou nada.
Suspirei uma, duas, três vezes. E nada de a minha mente inventar uma pergunta decente, então o que saiu foi a estúpida pergunta.
-Não devia estar numa detenção, Malfoy?
-Ah! Aquela de seis dias que você só cumpriu um até agora?! Não, Snape achou mais prudente me liberar da detenção até o dia em que você decidir que está na hora de entrar naquela sala e limpar os malditos frascos. Aliás, você pegou mais dois dias de detenção por ficar faltando.
-Mas eu estava aqui na enfermaria desacordada! – protestei – Ele não pode fazer isso!
-Fale isso com ele, e não comigo. – ele falou com desdém – Ah, e eu já monitorei o castelo e está tudo bem.
-Hm, obrigada... – Malfoy assentiu com a cabeça e começou a cantarolar uma música qualquer enquanto encarava as janelas – e... Malfoy? – ele se virou para mim, me encarou por um tempo e abriu a boca para falar algo, mas acabou por apenas suspirar e continuar me encarando.
-Sim? – perguntou ele depois de um tempo.
-Ahn... Eu não quero ser rude nem nada, mas... Por que você veio aqui? – ele franziu o cenho e eu me corrigi – Eu digo, tão tarde assim? – estava mesmo tarde. Acho que já eram 11h da noite, ninguém pode andar por aí nesse horário.
-Eu estava no meu quarto sem fazer nada e eu acabei pensando em você... – ele parecia não ter prestado atenção no que tinha falado, e só percebeu depois que eu franzi o cenho, e ele, para tentar disfarçar, engoliu em seco antes de continuar – Quer dizer, eu comecei a pensar que você era minha dupla e que você devia estar aqui, sozinha, e que você poderia precisar de algo e que... - ele deu um tapa na testa e passou a mão nos cabelos impacientemente. Minha vontade era prender o riso para não irritá-lo, mas não tinha riso. Eu devia estar com vontade de rir diante essa tentativa inútil dele de não ser sincero e falar a verdade, mas, na verdade, eu estava é surpresa com a sinceridade dele. Merda de momento em que eu fui esquecer que estava com raiva dele. Eu devia estar com raiva dele o tempo todo! – E que seus amigos não poderiam te ajudar agora devido o horário e que a madame Pomfrey estaria babando, e, já que sou monitor e tenho uma desculpa para sair andando por aí, eu poderia te fazer uma visita e te ajudar em qualquer coisa. – Ele falou desviando o olhar e fazendo um olhar emburrado, como se estivesse sendo obrigado a falar a verdade. Eu apertei meus lábios, como se perguntasse se ele não tinha mais nada para falar, ele me encarou cerrando os olhos antes de comentar vencido – Ah, tudo bem! Eu estava preocupado com você! Mas é claro que eu ficaria! Eu fiquei aguentando a Pansy por um tempão, e nada de você aparecer! Eu até cogitei a idéia de você e o Potter estarem fazendo algo a mais, mas daí eu lembrei que era o Potter, e o Potter é um broxa! – eu fechei a cara, mas ele pareceu não perceber – E você é minha dupla! Você também não apareceu na detenção... De novo! Daí eu fiquei preocupado, oras, você não pode me culpar. E eu não te achei em lugar nenhum, e isso não devia ser difícil, porque, olha o seu cabelo! – eu o olhei incrédula, mas ele ignorou e continuou – E quando eu fiquei sabendo que você foi atacada por um acromântula eu fiquei pensando ‘droga! Droga!”e vim correndo para cá para poder ver como você estava, mas a madame Pomfrey não me deixou entrar por causa do horário. Eu fiquei... – ele soltou uma boa quantidade de ar antes de continuar – preocupado.
-Er... Obrigada por se preocupar – agradeci meio sem jeito – Mas eu não preciso de nada... Obrigada.
-Hm... De nada – ele pareceu meio chateado. Talvez, depois de todo aquele discurso que ele fez, ele esperasse um super abraço meu e um grande sorriso, mas ele havia me pego de surpresa, eu não sabia o que dizer.
Malfoy se levantou sem dizer nada, foi na direção da estante e ficou mexendo nos remédios que tinham nela.
-Malfoy! O que você está fazendo? Você não pode fazer isso! Por Merlin, Malfoy, largue esses remédios!
-Sabe... – ele começou misterioso sem parar o que estava fazendo – Eu fiquei sabendo de outras coisas também...
-O que você está falando, Malfoy?! – perguntei sem entender – Largue esses remédios agora antes que madame Pomfrey chegue.
-Fiquei sabendo que o Potter... – ele finalmente se virou para mim – Te convidou para o Baile...
-Suas fontes andam muito confiáveis, Malfoy – falei formalmente tentando disfarçar o desespero que eu estava sentindo. Mas pra que desespero?! Eu devia é estar contente por Harry finalmente ter me convidado e todos saberem disso – Ou suponho que estava ouvindo conversas que não eram da sua conta.
-E será que ele sabe o que andou acontecendo nesses dias? – continuou ele como se não tivesse sido interrompido – Ele sabe o que nós fizemos?
-Eu não faço idéia do que você está falando. – falei engolindo em seco e desviando o olhar.
-Ah, é, Granger? – ele perguntou se aproximando e largando o tom calmo – Você agora vai fingir que nunca aconteceu nada?
-Nunca aconteceu nada que valha a pena ser lembrado, Malfoy! Eu... Esqueci – menti – e sugiro que você faça o mesmo.
-Ah, esqueceu, é? Então não deveria corar quando eu chego tão perto assim de você – ele se aproximou mais de mim, nossos narizes quase encostando. Como é que se controlava o tom de pele?! Como eu fazia isso?! Como eu fazia pra não baixar o tomate? – Sua respiração não devia ficar ofegante – Para de respirar, Hermione, PARA DE RESPIRAR! – Você não ficaria do jeito que está agora – Consciênciaaaa! Ô CONSCIÊNCIAAAA! CADÊ VOCÊ, BEBÊ?! – Então... Vai dizer que me esqueceu, Hermione? – ele se preparou para me beijar, mas a menção do meu nome me despertou antes de cair num erro terrível: cair na tentação Malfoy de novo.
-Sim, Malfoy. Eu esqueci.
Ele sorriu sem humor nenhum, como se me parabenizasse pelo meu ato, mas dando a entender que não deixaria quieto.
-Mas eu não esqueci, e eu acho que o Potter ficaria muito triste em saber que nós nos beijamos várias vezes... – eu o olhei com desprezo. Ele não faria isso – Quantas vezes você deixou ele te beijar, hein, Hermione? Pelo o que eu saiba... Nenhuma. – eu tentei segurar as lágrimas que ameaçavam cair – Porque, você sabe... Ele pareceu bem disposto a ficar com você, mas eu acho que ele mudaria os conceitos dele ao saber que você é tão difícil com ele, mas se entrega tão fácil para outros.
-Malfoy, você não seria tão desumano para...
-Ah, mas eu seria sim. – aquele tom calmo dele estava me irritando – E você não está sendo desumana? Ficando junto com o Potter mesmo não o querendo?
-Malfoy, eu vou com ele no baile, não quer dizer que eu estou junto dele.
-Ah, então é tão ruim ficar com o Potter que você nega? – eu apertei um lábio contra o outro numa força descomunal para tentar não chorar enquanto balançava minha cabeça negativamente – O que eu digo é... Você acha que é justo da sua parte ficar com o Potter quando você não o quer? Quando, na verdade, tudo o que você quer sou eu?
-Eu quero muitas coisas, Malfoy... E você não é uma delas. – Ele pareceu atingido com isso, mas prosseguiu.
-Você tem tanta certeza do que diz? Alguns dias atrás você achava que seu ouvido tinha sido estuprado por bosta de trasgo... – por que aquilo não me soava engraçado? POR QUÊ?! Espera... COMO AQUELE MALDITO SABIA DAQUILO?! – E você ainda tem certeza de que está com a mente sã? – as lágrimas começaram a cair, mas eu não deixei de retrucar.
-TENHO CERTEZA QUE MINHA MENTE ESTÁ MELHOR DO QUE QUANDO VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA E EU ACREDITEI PARA, NO MINUTO SEGUINTE, VOCÊ JÁ DIZER QUE ESTAVA MENTINDO!
Malfoy foi afetado por isso. Ele parou o que estava fazendo e pareceu pensar por um tempo no que falar.
-E você achou certo o que eu fiz? Iludir alguém não é errado? E agora pense que você está fazendo a mesma com o idiota do Potter. Quer saber a diferença? A gente quase não tem história, mas quanta história você tem com ele, hein? Você tem noção de quanto você está colocando em risco?
-Por que você está fazendo isso? – perguntei suplicante no meio de lágrimas – Por favor, me deixe em paz... – sussurrei para mim mesma.
-Eu estou fazendo isso porque eu não te quero com ele... – ele falou simplesmente.
-Mas você também não me quer junto de você! Então pára com isso!
-E o que te faz pensar que você sabe o que eu quero ou não?! – ele perguntou ameaçador já aumentando o tom.
-Eu não sei, Malfoy... – respondi baixo, balançando a cabeça e deixando as lágrimas caírem - Eu nunca sei o que você quer... Nunca sei. Num momento você me quer, no outro me esnoba, num momento diz que me ama e no outro diz que nunca se apaixonaria por alguém como eu e vai se esfregar na Nojenta Parkinson! – ele reprimiu uma careta – E isso... Cansa, sabe? Cansa... Porque eu nunca sei o que você quer, e essa bipolaridade está me matando! Então eu não sei o que você quer, se é o que você quer saber...
-E para quê você está fazendo tudo isso? – ele perguntou ignorando minha resposta – Pra quê machucar tantas pessoas só para o seu bem. E depois o egoísta sou eu...
-Eu só queria um pouco de paz!
-No meio de uma guerra, Hermione?! – alguém pode me explicar por que ele ainda estava falando meu nome se ele estava usando um tom de tanto ódio? – Você esperava um pouco de paz no meio dessa guerra?! – se ele soubesse como a minha cabeça latejava quando ele falava nesse tom, ele, com certeza, pararia – Como?! Para ter paz você decide aceitar o convite de seu suposto melhor amigo?! Porque um melhor amigo não deixaria a “amiga” tão confusa como você está agora!
-Confusa sobre o que, Malfoy?! Eu sei muito bem o que eu quero! – menti. Ou talvez eu não soubesse... Eu teria dito ‘sim’ para o Harry na primeira vez que ele me convidou para ir ao baile e não ficaria fugindo, se bem que... Eu sabia que era outra coisa.
Malfoy ficou me encarando por um tempo, mas de um jeito diferente... De um jeito realmente penetrante.
-Sabe, é? Pois se soubesse não teria demorado tanto para aceitar o convite dele para o baile! – como ele sabia... ? – Não ficaria fugindo! – ora aquele...
-Saia da minha mente, Malfoy! – coloquei minhas mãos sobre a minha cabeça, como se fosse adiantar alguma coisa, então fechei a minha mente – Você não tem o mínimo direito de fazer isso, Malfoy! Nem você é tão baixo para usa legilimência contra alguém!
-Fazer ele pensar que te ama mesmo estando confusa! – ele continuou me ignorando totalmente – Dar esperanças a alguém quando nem você sabe o que pensa! E você acha certo isso?! Está se achando certa agora? Se você realmente o amasse... – mas eu o cortei antes de ele conseguir terminar a frase.
-Por que você quer me deixar indecisa, Malfoy? Confusa? Você não está bem no seu canto? O que eu te fiz, hein? Me deixe em paz! Pára de tentar me confundir!
-Se você realmente o amasse não ficaria em dúvida! Se realmente fosse algo verdadeiro, não seria eu que acabaria com isso.
-E pra que fazer isso?! Não é da sua conta!
-É da minha conta sim! Porque sou eu quem te impede de amar o Potter, não é?!
Eu parei para pensar. Put* que pariu, ele estava certo. Eu não amava o Harry só porque eu estava com medo de me machucar. Eu confiava no Harry e sabia que ele faria certo. Mas o Malfoy me impedia. É engraçado como a gente passou pouco tempo juntos, brigamos pra caramba, e mesmo assim o sacana consegue ser o motivo para eu não amar algum outro alguém. Mesmo sendo “engraçado” era totalmente desgastante eu não poder ser feliz por causa dele. Como eu odiava ele.
-Hermione, eu não sou segunda opção. Se alguma coisa der errado não vácorrendo atrás de mim. Eu não vou estar te esperando.
-Não precisa, Malfoy. Nem segunda opção você é.
-Não sou, é?! Não é o que seus pensamentos dizem. – Maldito! Era totalmente difícil pensar, conversar, escutar e fechar a mente, tudo ao mesmo tempo! – Sevocê amasse o Potter você não faria isso com ele. – ele foi se aproximando de mim enquanto dizia isso, e eu aproveitei quando ele estava bem perto e o agarrei pelos ombros e gritei olhando para aqueles dois olhos, que agora, se encontravam num tom cinza-tempestade.
-E SE VOCÊ ME AMASSE VOCÊ NÃO FARIA ISSO COMIGO!
Burra! Como eu sou burra! Como eu fui me entregar desse jeito? Como eu fui burra a esse ponto de falar algo tão burrento como isso?
“Hermione, é... Não quero ser inconveniente, mas acho que agora não é o momento certo para criar palavrinhas novas.”
CALA A BOCA, CONSCIÊNCIA!
Malfoy de um suspiro enojado e me empurrou, me obrigando a sentar na maca com as pernas encolhidas. Sim, durante toda essa conversa eu estava sentada na maca com as pernas esticadas. Prêmio para mim, sim, obrigada, obrigada.
-Eu não te amo. E é por isso que eu faço essas coisas.
As pequenas e silenciosas lágrimas não eram o suficiente mais para demonstrar a minha agonia do momento. Eu comecei a soluçar e a deixar lágrimas quentes e gordas rolarem pelo meu rosto. Malfoy virou as costas e foi em direção a porta, me deixando lá, sozinha e indefesa.
Fria. Ela era uma pessoa fria. E eu não acredito que me limitava a amar alguém e ser feliz por causa de alguém frio como ele.
-Ah, e, a propósito, não se preocupe. Eu não vou contar nada para ninguém. Isso não vai me acrescentar em nada, mesmo. – e com isso saiu pela porta e a fechou, me deixando sozinha, indefesa e no escuro.
-Harry, eu estou bem. Sério. – tentei convencer Harry pela milésima vez naquela sexta feira. Dessa vez eu usei minha arma mortal: um sorriso meigo. Meiguice é o meu sobrenome, yeah.
-Não quer mesmo ajuda? – ele perguntou segurando minha mão. Não sinta nada, Hermione, não é justo com o Harry. Você precisa ser uma pessoa justa e... Merda! Calafrios, calafrios... Pshhh! Parem agora, nenéns!
-Não, Harry, obrigada, só... Por favor, fique aqui comigo. – Egoísmo era o meu sobrenome. Malfoy estava certo. Pe-pe-pe-pera! Aiê, rolou um rap aí: pé pe pé pe pé pep PÉÉÉRAAA OHO YEAH! Ok, parei. Mas, PERAÍ, eu acabei de pensar que o Malfoy estava certo. Como meu cérebro permite que um pensamento como esse chegue aos meus neorônios?
-Cl-claro, Hermione. – ele falou com o cenho franzido enquanto sorria e balançava a cabeça – Claro que eu fico aqui com você.
Sorriso de lado. ALERTA SORRISO DE LADO! NÃO POSSO PENSAR NISSO! POR FAVOR, MERLIN, TIRE ESSES PENSAMOS SOBRE O HARRY DESSA CABEÇA INÚTIL! OLHA PRA LULA, VAI! ISSO, ACALMA...
Ufa. Alerta aceito. Já estou olhando para a Lula Gigante que agora tenta pegar uma garça (temos garças em Hogwarts?) que está numa tentativa inútil de fugir.
-E então... Onde está o Rony? – perguntei ainda olhando a guerra do século entre garças e lulas gigantes. Sim, cultura também é o meu nome do meio – Eu não ando vendo ele muito... Eu estou com saudades dele.
-Sabe que eu também não sei? – ele riu sem humor nenhum – Ele deve estar no campo treinando quadribol... Até estou pensando em dar o cargo de capitão do time agora para ele. – ele riu de novo, só que agora com humor e eu não consegui evitar a vontade de virar e assistir ao vivo àquele riso radiante que ele dava, que eu sabia que, daqui a pouco seria uma coisa rara, com toda essa guerra. Com certeza era mais interessante que a guerra do século.
-Quem diria, hein? Há seis anos você era ‘Harry Potter: o apanhador mais novo da história’ e agora você é ‘Harry Potter: o capitão da Grifinória que leva o time à vitória’. - nós dois rimos e eu desviei meu olhar novamente para o lago.
-E desde sempre eu fui ‘Harry Potter: o menino-que-sobreviveu’ e agora eu sou apenas Harry Potter: o menino que tenta sobreviver. – ele riu de novo sem humor nenhum, mas dessa vez eu virei séria para encará-lo.
-E vai. Você vai sobreviver, Harry. – ele virou o rosto para mim – E sabe como eu sei disso?
-Como? – ele perguntou desanimado.
-Porque você tem tudo isso, Harry. – apontei para Hogwarts – Você tem o que ela tem de melhor. Você tem as pessoas a sua volta, Harry. Você tem pessoas que te amam. Quantas pessoas amam o “todo poderoso”? – Ele deu um sorriso breve e sem humor – E você tem um propósito de vida. Você está lutando por algo que realmente vale a pena.
Ele suspirou descrente. É, ele não tinha acreditado em mim e, na verdade, nem eu estava acreditando em mim. Nós não estávamos no Paraíso (até porque lá não existiriam guerras), não estamos num mundo justo. E, quem iria ganhar essa guerra, não era questão de quem está certo e quem está errado. Ninguém estava com o menor humor para ser otimista.
-Sabe, uma coisa que eu aprendi durante todo esse tempo de guerra... – eu o olhei nos olhos e o obriguei a fazer o mesmo – É que não importa contra quemlutamos. E sim por quem nós lutamos. E essa é a diferença, Harry. Você, nós, todo mundo, estamos lutando pelas pessoas. Pelo bem de todos. E “Você-Sabe-Quem” está lutando para ele e contra nós. Isso devia contar, não devia? – eu, com todos meus esforços, consegui dar um sorriso bem humorado e radiante para Harry. Ele valeu o esforço.
-Como você consegue? – ele perguntou depois de um bom tempo – Toda essa guerra, tudo isso o que nós estamos passando... E você consegue. Você consegue manter toda a sua vida, e ainda tempo para sorrir. Mesmo sozinha... Eu já vi você sorrindo. Como você consegue ver felicidade nisso tudo?
-Porque eu nunca estou sozinha. Sabe, eu sei que tenho você, Rony e Gina. Eu sei que, depois dessa guerra, nós vamos ter o merecido descanso. E, eu não sei, sorrir às vezes parece uma coisa divertidamente rara. Sorrir não devia ser algo raro. E eu só tento não... Raralizar... – AIÊ! Pra que comprar o dicionário Aurélio se você tem essa fonte de palavras novas, chamada Hermione Granger? – o sorriso.
Mentir pro Harry era difícil. A verdade é que eu estava morrendo de medo. Eu só sorria porque eu não sabia se no próximo instante eu poderia fazer isso de novo. Ou porque eu sou estranha, mesmo. Mas eu precisava pagar uma de otimista. Pelo Harry. Eu devia isso a ele.
Ele se virou totalmente para mim com um sorriso malicioso no rosto.
-Você tem razão... ele começou a se aproximar de mim. ALERTA SORRISO MALICIOSO! PÁRA TUDO! HERMIONE JANE MEIGUICE EGOÍSMO CULTURA GRANGER, TIRE ESSES PENSAMENTOS PERVA DESSA SUA CABECINHA COCOZENTA! PÁRA TUDO! PÁRA O MUNDO PRA EU DAR UMA PULADINHA DE PARA-QUEDAS E JÁ VOLTO, MAS PÁÁÁÁÁÁRA TUUUUUUUUUUUDO!!!!! – Nós temos muitas coisas que Voldemort não tem. – Er... Nariz?
Um barulho ecoou ao longe. Harry bufou estressado, mas continuou vindo na minha direção. Fazer ou não fazer? Beijar ou não beijar? Eis a ques... ALGUÉM TIRA ESSE MENINO MARAVILHOSO DA MINHA FRENTE!
Gritos. Harry e eu tentamos ignorar. Mais gritos.
-Alguma coisa está estranha, Harry... HARRY, CORRE!
Eu vi ao longe. Alunos corriam desesperados, luzes das mais variadas cores nos jardins de Hogwarts, um comensal correndo na nossa direção.
Isso sim é um programa para uma sexta feira gostosa.
-Estupore! – gritou Harry atingindo um comensal – Vêm, Hermione!
Nós lançávamos vários feitiços. Era muita coisa acontecendo, tudo muito rápido. Lágrimas começaram a brotar nos meus olhos, mas eu segurei bem para elas não caírem. Não podia demonstrar fraqueza.
Ótimo. Um segundo atrás, lá estávamos Harry e eu conversando e eu, como uma boa amiga, falando que ficaria tudo bem. Neste exato segundo? Nós correndo desesperados tentando salvar nossa vida.
Nos jardins todos os alunos corriam de um lado para o outro, desesperados. Alguns tentavam se esconder, outros tentavam correr. Alguns tentavam atacar, e alguns eram atingidos com tanta intensidade que eu não sabia se estavam vivos ou não. Era muita insensibilidade da minha parte, mas eu não tinha tempo para verificar.
-HARRY! – alguém gritou ao longe – HERMIONE!
-Ahn?! – eu tentei identificar quem era, mas no instante seguinte a minha visão foi tampada por dois braços e um monte de cabelo. Tudo bem, sem querer ser maisinsensível ainda, mas quem é que ia pensar em dar abraço em qualquer pessoa numa situação dessas? Estávamos em guerra! Estávamos lutando para tentar sobreviver.
-Harry, Hermione, vocês estão vivos! –Rony exclamou depois que me largou – Nós estávamos tão preocupados! – foi só quando ele falou ‘nós’ que eu percebi que Gina estava lá também.
-Nós temos que correr! – gritei. Sim, eles estavam do meu lado, mas eu precisava gastar as minhas cordas vocais tentando gritar mais alto que o resto da multidão – Querem te pegar, Harry!
-Obrigada pela informação, Hermione! – ele gritou estressado, mas mudou o tom – Você não pode correr tanto... Você acabou de sair da Ala-Hospitalar... Está se recuperan...
-E eu não corri até aqui?! Harry, eu também estou me recuperando do tombo que eu levei depois que eu sai da barriga da minha mãe, mas eu continuo aqui! Desculpe, Harry, mas agora não é o momento para se preocupar comigo! Temos que nos preocupar com você agora.
E sem falar, melhor, gritar, mais nada, eu saí correndo e soltando feitiços como uma desgorvenada, e percebi que estava sendo seguida por eles.
-Não perde essa mania, hein, Hermione?! – gritou Harry antes de acertar mais um comensal.
-Expeliarmus! – um comensal fdp qualquer gritou antes de eu cair no chão, atingida pelo feitiço – Avada Keda...
-ESTUPEFAÇA! – gritou Rony.
-EXPELIARMUS! – gritou Harry.
-REDUCTO! – gritou Gina...
Gritaram. Gritaram e ao mesmo tempo. É... Eu tinha amigos bem fofos.
-Venha, Hermione! – gritou Harry estendendo a mão.
Continuamos correndo até chegarmos ao Salão Principal. A luta lá era um pouco melhor que a de lá fora, mas ainda estava num nível deplorável. Dava para ver vários professores lutando junto dos alunos.
Feitiços eram vistos por todos os lados. Era uma luta de sobrevivência das quatro da tarde. Devia estar sol lá fora, mas o céu era tomado pelo cinza das nuvens e pelo esverdeado da Marca-Negra.
“Alunos! Recado da professora Minerva!”
Vários alunos que pararam para prestar atenção naquela voz foram atingidos.
Por que os comensais não paravam de lutar e sentavam todos na cadeirinha para ouvir o comunicado?
Mas eles não estavam ouvindo.
Era algo apenas para nós.
(N/A : oi povinho lindo que me lê. Bem, para ficar mais fácil de vocês entenderem... Sabem no último filme divo do Harry Potter? Digo, último mesmo. Na hora em que o Voldemort começa a falar com todo mundo?Sabem, meus amorecos? Então, é tipo isso, mas é a Minerva falando na mente de todos os alunos e professores. Tudo entendido? Então parem de ler essa N/A inútil e vão ler minha historinha, oks?)
“Eu peço para todos que parem a luta e vão discretamente para seus devidos quartos e façam suas malas para dez dias e entrem nas lareiras de seus Salões Comunais. Os professores cuidarão de tudo. Não se preocupem. Apenas façam o que lhes foi mandado!”
Nós quatro nos entreolhamos.
Como nós iríamos discretamente para os nossos quartos sem sermos atacados? Será que ninguém percebeu que de quatro pessoas aqui, duas são uma sangue ruim e o tão precioso Harry Potter?
Olhei para Harry, ele parecia não querer sair dali e parecia bem disposto para ir procurar Voldemort.
-Ele não está aqui, Harry! – gritei antes que ele falasse qualquer coisa – Agora vamos, rápido! – segurei sua mão e comecei a puxá-la, mas ele puxou sua mão bruscamente.
-Hermione, não! Essa é a minha chance de enfrentá-lo!
-ESSA É A SUA CHANCE DE SE DAR DE PRESENTE PARA ELE! VOCÊ NÃO PERCEBEU QUE ELE NÃO ESTÁ AQUI?! ELE JÁ TERIA APARECIDO FAZ TEMPO!
-VOCÊ NÃO O CONHECE! – ele gritou estressado, se desviando de um feitiço – ELE NÃO SUJARIA SUAS PRÓPRIAS MÃOS!
-DESCULPA, MELHOR AMIGO DE VOLDEMORT! –gritei irônica indo na sua direção e agarrando sua mão e a prendendo por um feitiço dessa vez – MAS NO MOMENTO NÓS NÃO PODEMOS ARRISCAR!
Contra a vontade de Harry, claro, nós começamos a correr em direção ao nosso Salão Comunal. Vários feitiços tentaram nos acertar, mas os professores acabaram criando uma proteção para nós não sermos atingidos.
Quando nós chegamos ao nosso Salão Comunal, a Mulher-Gorda ainda perguntou a senha.
-VOCÊ NÃO VÊ QUE ESTAMOS SENDO ATACADOS, E VOCÊ AINDA QUER A NOSSA SENHA?! – perguntou Gina aos berros.
-CLARO! – aquele quadro inútil gritou com uma voz insolente – MESMO NO MEIO DE UM ATAQUE AS REGRAS SÃO AS MESMAS!
-MAS NÓS NÃO LEMBRAMOS A SENHA!
-ENTÃO SEJAM COMIDOS POR COMENSAIS. EU NÃO LIGO, SOU UM QUADRO MESMO! – tudo bem. Oscar de pior quadro vai para, obviamente, Mulher-Gorda.Grazie!
Vários alunos foram aparecendo atrás de nós, obviamente desesperados para entrar.
Eu olhei para trás e vi alguns comensais vindo. Er, o que tinha acontecido com a proteção dos professores?
Ninguém se lembrava da nova senha no meio de tudo isso. Nem mesmo eu.
-Desculpa... – murmurei antes de apontar minha varinha para o quadro e gritar – BOMBARDA!
A Mulher-Gorda explodiu. Sim, provavelmente eu seria expulsa depois de fazer isso. Mas ela iria sobreviver.
Milhares de pedacinhos de quadro vieram para cima de nós. Meu rosto já estava todo cortado, e, para melhorar, todos os alunos da Grifinória entraram correndo na nossa direção, quase nos esmagando.
Nós quatro tentávamos retardar os comensais. A nossa sorte é que não eram tantos assim. Talvez uns cinco.
-PROTEGO! – gritamos nós quatro juntos. O que dizem, mesmo? Ah, é, a união faz a força! E que força, hein?
Depois que nós vimos que estávamos seguros, um pouco pelo menos, nós entramos no salão Comunal.
Er, ótimo. Eu tinha explodido a única coisa que impedia os comensais de entrarem. O que nós faríamos agora?
-Hm, alguém sabe algum feitiço?! – perguntei nervosa.
A sorte estava ao nosso lado! Milie Kriop estava perto e me ouviu. Millie Kriop não é nada mais, nada menos, uma aluna do sétimo ano, e, a mais inteligente do ano dela. É, talvez a menina mais inteligente de Hogwarts. Invejinha pequena a minha, eu sei.
Millie Kriop fez algum feitiço protetor qualquer.
-Agora nós podemos vê-los, mas quem está lá fora só consegue ver uma parede com quadros. – ela comentou toda orgulhosa de si.
-Ahn, ok, obrigada... – Gina gritou meio sem prestar atenção antes de sair correndo para o dormitório, seguida de mim e... Harry?
-Harry, VÁ PARA O SEU DORMITÓRIO! – gritei estressada. Quanto tempo ele achava que nós tínhamos?
-SE VOCÊ DESFIZER ESSE FEITIÇO NA MINHA MÃO, EU VOU! – gritou ele igualmente estressado.
Meio sem graça, eu lancei um feitiço para reverter o feitiço anteriormente lançado lá, e saí correndo para o meu dormitório.
Eu estava estressada e chorando. É... Grande força, Hermione! Eu não conseguia achar nada que eu precisava.
-Que tal se você usar a sua varinha?! – perguntou Gina tentando ser amigável. Como ela conseguia? Todas as palavras que vinham na minha cabeça não eram nada amigáveis.
-QUE TAL SE VOCÊ CALAR A BOCA E PARAR DE DAR PALPITE?! – gritei enquanto procurava meu pijama. Gina arregalou os olhos e recuou, mas continuou com essa missão suicida de tentar me acalmar.
-Hermione, se acalma... Vai ficar tudo bem...
-VAI, É, GINA? PORQUE É ISSO QUE EU ESTAVA FALANDO PARA O HARRY ANTES DE SERMOS ATACADOS POR ESSES COMENSAIS! VOCÊ AINDA TEM A INDECENCIA DE FALAR QUE VAI FICR TUDO BEM?! – perguntei sem parar de procurar as minhas coisas.
-Hermione, PÁRA COM ESTRESSE E DEIXA EU TE AJUDAR A ENCONTRAR SUAS COISAS! MINHA MALA JÁ ESTÁ PRONTA ENTÃO EU POSSO TE AJUDAR! – o que eu fiz diante esse ataque da minha querida amiga?
Sentei em cima do meu malão sem roupas e comecei a chorar. Gina se aproximou de mim com um olhar culpado e confuso.
-Er, Hermione, desculpa, não era a minha intenção te...
-Quando isso vai acabar, Gina? – perguntei entre soluços – Desde o primeiro ano nós nos metemos em confusões, nunca temos um descanso. Nunca estamos em paz!
Gina não falou nada. Apenas me abraçou por uns três segundos, depois me ajudou a levantar e a procurar minhas coisas.
A luta continuava lá fora, mas estava bem melhor. Ainda podíamos ver os feixes de luz coloridos, mas a quantidade de feixes de luz verdes havia diminuído bastante.
Depois que tudo estava pronto, nós descemos e entramos na lareira.
Senti aquela sensação de novo. Aquela sensação de algo sendo puxado pelo meu umbigo, ou algo puxando meu umbigo. As vertigens da aparatação me fizeram passar mal, mas finalmente elas acabaram.
Demorou um tempo para eu entender onde estávamos. O corujal, ah, óbvio, o único lugar que não estava tendo ataque de comensais.
Vários alunos estavam correndo desesperados, tentando mandar uma coruja para os pais. QUEM MANDA CARTAS NUMA SIUTAÇÃO DESSAS?!
Eu ia correndo de um lado para o outro. Já tinha me perdido do Harry, Rony e Gina. Finalmente Minerva apareceu na parte mais alta do corujal e começou o seu discurso.
-Atenção, alunos! Como perceberam, está tendo um ataque de comensais aqui em Hogwarts... – alguém soltou um ‘não diga’ – Mas Você-Sabe-Quem não está aqui – eu me virei para mandar um olhar assassino para o Harry, como se dissesse ‘eu te falei’, mas Harry não estava do meu lado, e eu acabei olhando para uma menina do primeiro ano da Lufa-Lufa, que se assustou com a minha ação. Eu apenas dei um sorriso amarelo sem graça e me virei de novo – Mas, mesmo assim, nós vamos pedir para vocês irem para suas supostas casas e ficarem lá até domingo que vem, então você terão uma semana mais prolongada de Natal. – vários alunos começaram com murmúrios animados... SERÁ QUE ELES SABIAM QUE NÓS ESTÁVAMOS INDO PARA CASA POR CAUSA DE UMA GUERRA?! – Nós teremos que fazer isso para podermos nos precaver, porque um... Hm, informante nos informou – ‘informante’ ‘informou’, saca? – que haverá mais ataques nessa semana.
-E como nós vamos para casa?! – perguntou um grifinório amedrontado do primeiro ano.
-Pois bem, todos vocês irão para a estação King’s Cross pela chave do portal. São sete chaves do portal. Está tudo seguro... – Dezenas de alunos deram um suspiro aliviado. Ingênuos – Agora façam uma fila aqui – ela apontou primeiro para algo que parecia uma super goma de chiclete mascada – para serem mandados.
E então começou a maior muvuca que eu já tinha visto na minha vida. Todo mundo queria ir primeiro. Então a porta do corujal foi arrombada.
Bellatrix Lestrange entrou seguida de mais dois comensais. A primeira chave do portal já tinha saído. Bando de rabudos.
-Ora, ora ,ora... Se não são aluninhos tentando escapar... – ela falou com aquela voz infantil estúpida, e uma raiva descomunal se apossou do meu corpo. Minha vontade era de atacá-la na frente de todos, mas só não o fiz por causa de Harry. Filha da put* sem coração – Vocês realmente acharam que conseguiriam escapar dessa?
Todos ficaram paralisados. O que fazer numa situação dessas? Como nós ficaríamos seguros agora?
-VÃO FICAR QUIETOS?! – perguntou ela, e eu me segurei para não pegar minha varinha – POTTER! – começou a cantarolar ela – VOCÊ NÃO QUERIA ENCONTRAR SEU PADRINHO, POTTER?! POIS O LORDE PODE FAZER VOCÊS SE ENCONTRAREM MAIS UMA VEZ!
Uma manada de alunos estava segurando Harry e tapando sua boca, só pode. Ele nunca deixaria quieto. Ele, com sua maniazinha de ser herói, colocaria todos nós em risco se respondesse à Lestrange.
-NÃO VAI RESPONDER, POTTER?! E ONDE ESTÃO OS SEUS AMIGUINHOS, HEIN? OS RUIVOS TRAIDORES DE SANGUE E A MALDITA SANGUE-RUIM? – Bellatrix, percebendo que ninguém responderia, foi rapidamente na direção de Minerva e a pegou pelo pescoço – E AGORA?!
Tudo ficou silencioso. Todos olhavam para os outros, em busca de uma resposta, um incentivo. Éramos muitos contra três comensais, mas tínhamos que lembrar que eles eram comensais. Nós não usaríamos maldições imperdoáveis, eles usariam.
Eu percebi um movimento um pouco à minha esquerda. Era Harry. Ele ia atacá-la. Harry seria pego. Mas eu teria que ser mais rápida.
-EXPELIARMUS! – gritei apontando na direção de Bellatrix. Cara, nem acredito que consegui desarmá-la. É, uau, ponto para mim. Eu até comemoraria se Bellatrix não estivesse olhado mortalmente para mim e se, de repente, todos os alunos começassem a correr descontroladamente.
Corri também, consegui desviar de alguns feitiços dos outros dois comensais. Fui para uma parte mais reservada do corujal, que parecia enorme agora, mas mesmo sendo uma área mais escondida, também estava cheia de alunos.
De repente um braço me puxou e eu já estava me preparando para o meu avada kedavra, mas ele não veio. Não tinha sido um comensal que tinha me puxado, e sim...
-Malfoy. – falei assassinamente - Não sei se percebeu que nós estamos sendo atacados, então me deixe correr, por favor. – É, um pedido extremamente idiota, mas ele era um idiota. Eu não tinha que me preocupar com coisas assim.
-Muito inteligente da sua parte atacar minha tia. – Ele comentou sarcástico.
Antes que eu pudesse responder um feitiço atingiu uma pilastra ao nosso lado, que acabou caindo. Teria caído em cima de mim se Malfoy não tivesse me empurrado.
-Ugh, obrigada. – O que quer dizer ugh, Hermione? Ah, é. Harry tinha falado ‘ugh’ outro dia lá na enfermaria – Agora poderia sair de cima de mim, por favor?
Malfoy saiu de cima de mim e me ajudou a levantar. Argh, menino escroto! Ele tem que decidir se vai ser idiota comigo ou não. Escroto, escroto, escroto!
-Por que você não corre logo para a chave do portal? – perguntei vendo se alguém vinha na nossa direção.
-Para virar o mais novo mendigo de King’s Cross? – perguntou ele enojado – Claro que não. Vou ficar em Hogwarts.
Então eu lembrei. Malfoy não tinha para onde ir. Ele estava sozinho agora. Os pais estavam foragidos, ele não podia ficar em sua mansão.
Um pensamento veio nessa minha cabeça de merda. Eu só podia ter sido abençoada, ou amaldiçoada, pela pureza de Merlin, ou algo assim, porque a idéia foi totalmente... Louca.
-Ugh... – gemi o gemido mais sexy do tempo dos homens das cavernas – Eu nem acredito que vou falar isso, ainda mais depois de tudo o que você fez, mas... – respirei fundo e fechei os olhos para soltar tudo de uma vez, e eu digo tudo de uma vez mesmo – Transfigurelogooseumalãovocêvaipassaressasemanacomigo.
Idéia louca, eu sei. Ainda mais depois de tudo o que ele tinha feito. Me diga, Merlin, se eu sou uma pessoa tão boa, porque a minha vida é uma merda? Ok, me responda mais tarde em cartão 3x4 na fonte comic sans, agora eu tenho que cuidar da burrada que eu acabei de fazer.
-Passar essa semana com... Você? – perguntou ele com o cenho franzido.
-Malfoy, transfigure logo essa merda de malão antes que eu mude de idéia e te entregue de comida para os comensais. – eu respirei pesadamente – Eu ainda sou sua dupla e é o mínimo que eu posso fazer por você.
-Mas você não ia passar o Natal com a sua família! – exclamou ele ainda surpreso com o convite. É, eu também estava surpresa com esse meu convite.
-Mas agora eu estou vendo que vou ser obrigada a passar, agora dá pra você trasfigurar logo esse malão? Me encontre nas botas com lesmas e, por favor, seja morto no caminho. – ele soltou uma risada seca.
-Sempre muito engraçada, Granger.
Nota mental: procurar uma rede wi-fi confiável para procurar um bom hospício para mim em Londres. Eu estava completamente louca.
Saí correndo em direção às malditas botas com lesmas. Como eu iria despistar Harry na King’s Cross?
Os feitiços dos comensais estavam diminuindo. Agora já estava mais fácil correr no meio daqueles alunos. Só restavam duas chaves do portal agora.
Esbarrei em alguém. Era Harry. Ele me deu um abraço apertado e sussurrou no meu ouvido:
-Obrigado. – depois disso eu comecei a chorar de novo. Era injusto como o mundo era. Injusto essa coisa de termos medo de perder a pessoa que mais amamos. E eu estava morrendo de medo de perder Harry, e esse medo era injusto.
-Obrigada, Harry... – sussurrei no seu ouvido – Obrigada por tudo e... Eu te amo.
Eu amava Harry, era verdade. Como amigo eu tinha certeza que o amava, agora, do outro jeito... Mas eu o amava, e precisava falar isso para ele. Eu não sabia a próxima vez que o veria, não sabia se seríamos mortos no caminho. Nessa guerra nós tínhamos que falar e fazer o que queríamos deixar para depois, porque não sabíamos se existiria depois.
Fui na direção contrária que Harry estava correndo. A chave do portal estava cada vez mais perto.
-Accio malão! – gritei, e meu malão veio até minha mão.
Malfoy já estava na chave do portal junto de alguns alunos.
As botas estavam prestes a sumir.
Eu não chegaria a tempo. Bem, talvez assim eu ficasse presa em Hogwarts, já que a outra chave do portal tinha acabado de ir embora, junto com Harry, Gina e Rony.
Só restava eu agora. Tentei acelerar o passo.
-Estupefaça! – um comensal fdp qualquer lançou o feitiço que me fez cair no chão.
-PEGUEM ESSA SANGUE RUIM! – gritou Lestrange com sua voz um pouco mais urgente.
Malfoy não poderia me ajudar sem levantar suspeitas. Eu não podia mandar a chave do portal vir até onde eu estava para eu poder ir com todos. Eu apenas atrapalharia todo mundo com isso.
-Mate-a, Draco! Rápido, mate-a! – Malfoy ficou com um olhar confuso diante dessa ordem de Lestrange. Ele estava pensando no que fazer. Mas... Por que Lestrange mandaria o Malfoy me matar?
Malfoy me olhou com o cenho franzido como se fosse o meu julgamento.
-FOD*-SE! – ele gritou e saiu correndo na minha direção e me puxou pelo braço, me ajudando a ir até a chave do portal.
Eu cheguei a tempo. Agora era um caminho sem volta.
Olhei para trás e a última coisa que vi antes da chave do portal partir foi a cara de c* virgem de Bellatrix Lestrange.
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AIÊ! Eaí, o que acharam do capítulo?? Beeem, não me culpem, ok? Eu não sou muito boa pra escrever essas lutas e isso foi comprovado nesse capítulo kk Mas eu tentei e eu acho que deu pra entender... Eu espero *-*
Nsss, mano, eu acho que esse capítulo penetro no meu cérebro pra nunca mais sair, sério, porque, como eu disse na N/A lá de cima, a minha irmã ficava me interrompendo o tempo todo, e pra não perder o fio da meada, como dizem, eu tinha que reler TUDO!
AIÊÊÊÊÊ!!!! ACABEI DE DESCOBRIR QUE CONSEGUI BETA :D Acabei de abrir meu email e vi a resposta da minha mais nova e linda e meiga beta, dizendo que se interessava por esse pedacinho de cocô de fic (ok, ela nao disse isso, essas palavras são minhas) AIÊ! Ela começa a partir do capítulo que vem, então me desculpem por possíveis erros nesse capítulo (:
Nha... O que mais eu ia falar? Aié, eu sei, esse capítulo é meio bizarro, porque ele começou todo alegrinho e termino em GUERRA! RAAWWWWWWR (medo de mim) mas eu tentei fazer uma transição boa, e, sei lá, esse foi um dos capítulos que eu mais gostei (:
E, antes de agradecer aos comentários, eu quero pedir para que você que está lendo... Por favor comente e... EI! VOCÊ! ÉÉÉ, VOCÊ AÍ MESMO! VOCÊ AÍ QUE TA PENSANDO EM NÃO COMENTAR! *carinha ultra mega fofa on* comenta vai... nha, não custa nada *-* e me faz feliz (: (: por favor, eu to aqui, mendigando comentários... comenta, vai?? *--------------* aiiiin, obrigada povinho fofo *carinha ultra mega fofa off*
Floreios e Borrões:
Anna Przybitowiscz: KK compri minha promessa e aqui está a primeira parte do presente :D kk o próximo capítulo vem amanhão ou depois de amanhã :D AE VOCÊ TA VIVA :D Por favor, não torture o Draco, e pode me mandar ameaças kk sério, autoras amam ameaças :D AIÊ VIVA O SADO-MASOQUISMO! (eu sei que sado-masoquismo não tem muito a ver com o que eu quero dizer, mas AIÊ mesmo assim :D) Eu fico muito feliz que você tenha amado :) eu amo quando as pessoas amam meus capítulos e falam isso, me deixam tão felizes :D :D :D haha e fico enormemente (?) feliz ao saber que mesmo sem criatividade vocês amam os capitulos :D mas eu vou tentar colocar mais criatividade nessa minha cabeça. Haha, ama tanto minha fic que não consegue sair sem deixar comentários quilométricos?? HAHA CONTINUE ASSIM KK AMO COMENTÁRIOS QUILOMÉTRICOS KK NÃO RECLAMO NÃO ;D Feliz ano novo pra você também e obrigada por tudo (:
Katie Black: KK acho que vou me dar mais broncas para poupar vocês kk minimo que eu posso fazer ;D Valeu a pena esperar?? Awn *-* fico feliz, mas ok ,isso nunca mais irá se repetir... Prometo. KKK Olha... Draco e confusão andam assim ó II (tentativa inutil pra mostrar que eles andam lado a lado kk :S ) e eu te prometo que vão ter mais confusões na cabeça da Hermione por causa desse loiro oxigenado adoninado (eu com essa mania linda de inventar palavras) kk um exeplo foi a confusão que ele causou no capítulo de hoje. "DIGAM NÃO ÀS DOENÇAS AMBULANTES" kk é o que eu digo! AIÊ! até acho melhor darem uma ligadinha pro St. Mungus preparando um lugar pra Hermione, tadinha... Vai fica louca. AAAAH e o Draco vai ter que lutar muito pra ter a Hermione, porque ele foi escroto muitas vezes, e tenho que parar de escrever antes que eu diga coisas comprometedoras :x kk Haha, poxa, precisar urgente de um capítulo é coisa séria kk pois aqui está o seu capítulo e espero que tenha gostado :D Feliz ano novo pra você também e obrigada por tudo (:
Beco Diagonal:
Alice: AMOU??? Por Merlin, vocês não sabem como esses comentários fazem o meu diazinho pacato *-* Obrigada pelos elogios (: (: Espero que ame esse capítulo também (:
Nyah!Fanfiction:
Natynhaa (comentado no primeiro capítulo, mas vou responder mesmo assim já que só voce comentou e nao vai confunfir em nada (: ) : *-* Fico feliz que voce gostou do capítulo (: (: (: Obrigada pelo carinho, espero que goste deste também (:
LEITORES FANTASMAS:
AIÊ LEITORES FANTASMAS LINDOS DO MEU CORAÇÃOZINHO BONITINHO *-* EU SEI, SOU BREGA :S MAS, POR FAVOR GENTE, COMENTEM, SENÃO EU NÃO SEI O QUE VOCÊS ESTÃO ACHANDO DA FIC, DAÍ EU NÃO POSSO MELHORAR D: COMBINADO?? EU SEI, SOU CHATA KK MAS ISSO É SÓ PORQUE EU AMO VOCÊS MESMO ASSIM (: E, BEM, COMO UMA AUTORA ATENCIOSA, IREI RESPODER AOS SEUS COMENTÁRIOS FANTASMAGÓRICOS:
L.F.1 - Você gostou da fic?? Eu fico muito feliz :D comentários são aceitos, ok? Espero que goste deste capítulo também (:
L.F.2 - Poxa, que pena que você não gostou ): Desculpa por não agradar. O que você acha de escrever um comentário para eu saber como eu posso melhorar?? Se não gostou dos outros caps, espero que goste desse (:
E, para você, leitor que está com vergonha de comentar... NÃO FIQUE :D EU SÓ MORDO NOS DIAS ÚTEIS (fique com medo se você está lendo isso num dia útil ;D )
Mas, agora é sério gente, eu não to fazendo isso porque eu quero tipo 'ÓÓÓ EU TENHO MAIS COMENTÁRIOS QUE VOCÊ!', mas tipo, eu to fazendo isso porque eu quero um feedback de quem lê, eu quero saber o que vocês acham, ok :D se não quiser escrever aqui pra todo mundo ler, tem o meu email: naahmont@hotmail.com se você quiser, e eu respondo por lá, mesmo? Estamos todos entendidos, nenéns?? kk ok gatitos *-*
Enfim, para finalizar essa N/A mais que quilomêtrica, eu quero dar dois avisos...
*Como eu disse no comentário da Anna, eu vou postar o próximo capítulo amanhã ou depois de amanhã, ok ??
*Eu, com a minha inteligência de um vegetal, fiz um pedido de capa. Mas eu explicarei o que eu fiz de errado *sorrisinho amarelo* eu ia pedir um design simples, mas eu acabei pedindo um design completo (: Yeah, sou burritcha mesmo. Então eu fui lá e fiz um pedido para design completo e um para design simples, e, já que eu pedi o completo primeiro ele saiu antes (: Então se vocês quiserem ajudar a divulgar a história, eu postar um capítulo só com a capa super linda que a Sunset Poison Edition fez pra mim e com as informações necessárias. E, se você é da nyah!fanfiction... *sorrisinho sedutor* o que acha de recomendar a fic, han?? Ok, ok, eu já percebi que sou normal, mas enfim, povo lindo, por favor, divulgue a fic por meio de comunidades no orkut (eu sei que ninguém mexe mais AIÊ), páginas no facebook, comentários pra amigos, marcando minha fic... Isso, claro, se você gostar da minha fic (: Enfim, obrigada e aqui acabo minha N/A hilhométrica.
Beijos (: Se gostaram do capítulo, comentem, se não gostarem, comentem também, e se vocês acham que tigelas de um peito só vão dominar o mundo, comentem também (: (: (:
www.acostumadacomodio.webnode.com.br AIÊ :D